Foram vários os argumentos da Anvisa para negar por unanimidade o pedido dos estados para importar a Sputnik V, desenvolvida pelo instituto Gamaleya, da Rússia.
A agência reguladora entendeu, por exemplo, que essa vacina pode trazer riscos à saúde. Uma falha de segurança, na verdade. É que um grupo de vírus que tem na vacina, chamado adenovírus, que é responsável por produzir uma resposta imune nas pessoas se mostrou capaz de se reproduzir. E aí, poderia causar doenças, se acumular, por exemplo, nos rins, segundo a explicação dos técnicos da Anvisa, na reunião de ontem.
Outro argumento foi o de falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Os diretores falaram, inclusive, de falta de informações conclusivas sobre eventos adversos. De acordo com o painel de análises da Anvisa, 15% dos documentos não foram apresentados e 63% estão incompletos.