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Sepultura menor que caixão constrange família de vítima de covid-19, em Maurilândia

de Antônio Paulino
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Uma sepultura construída com medidas incorretas causou 10 horas de atraso no enterro de uma vítima da Covid-19 em Maurilândia, a 249 km da capital. De acordo com a família da vítima, parte do caixão chegou a ser serrado, mas ainda assim seguiu sem encaixe na cova. A sepultura precisou ser refeita enquanto a família esperava pelo enterro no cemitério municipal da cidade.

A idosa – identificada como Maria de Lourdes Borges, 69 anos – faleceu na última sexta-feira (30), por volta das 11h. De acordo com a família da falecida, o sepultamento respeitou os protocolos sanitários e ocorreu sem velório e com caixão lacrado. A cerimônia, que deveria ter durado cerca de três horas, acabou por volta das 23h da última sexta-feira.

Erro de cálculo

Ao Mais Goiás, uma das netas da falecida que esteve presente no sepultamento, Betina Maria Luís Borges, afirma que tanto a PAX Real, empresa contratada para realização dos serviços funerários, quanto os próprios familiares de Maria de Lourdes solicitaram a construção da sepultura nas medidas corretas aos pedreiros que trabalham cemitério municipal. No entanto, quando chegou a hora do sepultamento, o caixão não entrava na sepultura.

“Passamos para eles que a cova deveria ter 80 centímetros de largura e dois metros de comprimento, mas eles fizeram o trabalho de forma equivocada. Já estávamos aguardando a sepultura desde que fomos informados da morte da nossa avó”. Segundo Betina, a sepultura estava pronta às 19h, mas foi feita com 70 centímetros de comprimento. “Todo trabalho teve que ser refeito e ainda tivemos que pagar mais R$ 200 pelo serviço”, lamenta.

Constrangimentos

Betina diz que além de passarem pelo inconveniente de sepultar a matriarca da família sem realização do velório e com caixão lacrado, também sofreram constrangimento e apreensão no momento do enterro. “A gente estava em um momento delicado e diante daquela situação, ficamos desamparados, sem saber como o sepultamento prosseguiria”, relata.

Por fim, após tentativa frustrada de descer o caixão serrado por meio do uso de cordas, os coveiros do cemitério municipal de Maurilândia decidiram por refazer o trabalho da sepultura. “Depois de horas esperando no enterro, eles começaram a tirar tijolo por tijolo para refazer todo o trabalho. Foi uma experiência muito ruim para toda família”, disse Betina.

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