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Pena de Wanderson pode passar de 200 anos de prisão

de Antônio Paulino
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Após confessar, segundo a polícia, o assassinato da companheira, de 19 anos e grávida de 4 meses, da enteada, de 2 anos e 9 meses, e de um fazendeiro de 73 anos, todos cometidos em Corumbá de Goiás no domingo, 28, Wanderson Mota Protácio pode pegar até 217 anos de prisão. Conhecido também como “novo Lázaro”, por cometer crimes e se esconder na mesma região em que Lázaro Barbosa, morto em junho pela polícia, ele se entregou neste sábado, em Gameleira de Goiás.

Pesa contra o caseiro de 21 anos, além da acusação de triplo homicídio, uma lista de crimes em Maranhão, Minas Gerais e no município de Goianápolis, a 40 quilômetros de Goiânia. As execuções de todas as penas serão transferidas para Corumbá, para que sejam julgadas junto com os recentes crimes cometidos.

De acordo com o delegado Tibério Martins Cardoso, apenas na região de Corumbá Wanderson foi indiciado pelos crimes de feminicídio, aborto, furto qualificado, porte de arma, homicídio qualificado e latrocínio. Somente na cidade, com a soma dos crimes cometidos podendo chegar a 112 anos.

Mas, segundo o delegado, as penas podem ser aumentadas em até 45 anos. “Existem agravantes, como o fato de ele matar a namorada na frente da filha, por exemplo. Mas isso fica a critério do juiz que irá julgar o caso. Se alcançar o limite máximo, a condenação dos crimes de Corumbá pode chegar a 157 anos”, explica.

Assassinato no Maranhão
Wanderson confessou, ainda, ter matado um homem no Maranhão, aos 13 anos. À época, namorava uma adolescente e, em determinada ocasião, a menor teria sido agredida pelo tio. Incomodado, o caseiro chamou a atenção do familiar e pediu para que ele parasse de bater na garota. O tio da adolescente pediu para Wanderson ficar quieto, caso contrário o mataria. Wanderson, então, pegou uma faca e assassinou o rapaz.

Nesse caso, Wanderson responderia pelo crime de homicídio qualificado, mas, segundo o delegado Tibério, por ser menor de idade, o homem não vai responder pelo crime. “Ele teria até os 21 anos para responder, mas como já alcançou essa idade, vai passar impune”, explica. O crime teria acontecido em 2013.

Em dezembro de 2019, Wanderson foi preso pelo crime de tentativa de feminicídio contra uma mulher, cunhada do pai dele. Como consta nos autos do processo, a vítima recebeu diversos golpes de faca nas costas. A discussão começou após Wanderson chegar em casa alcoolizado e sob efeito de drogas.

Na casa, ele ameaçou a mulher, ordenando que ela entrasse em um quarto com ele. Após a negativa, o homem desferiu os golpes de faca e a arma branca utilizada acabou quebrando. Wanderson fugiu pulando os muros e ficou preso na Unidade Prisional de Goianápolis, mas ganhou a liberdade em março de 2020. Pelo crime, Wanderson responder por tentativa de feminicídio, e pode ser condenado de 12 a 30 anos de prisão.

Latrocínio em Minas Gerais
Por fim, Wanderson irá responder, ainda, pela morte de um taxista em São Gotardo (MG), a quase 550 km de distância de Brasília. A vítima era Maurício Lopes Mariano, que tinha 25 anos. Wanderson teve ajuda de dois menores de idade e um adulto. Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo jornal Correio Braziliense, o agressor pegou a corrida junto com outras três pessoas e desviou o trajeto no caminho. Ao entrarem no carro, cortaram o cinto de trás e usaram para arrastar o taxista até uma árvore.

O documento comunica que a intenção dos homens era roubar o carro e deixar o taxista no local, mas Wanderson decidiu voltar até o condutor e efetuar 18 golpes de faca. O esfaqueamento atingiu as costas seis vezes do lado esquerdo e cinco do lado direito, “provavelmente por instrumento pérfuro”, conforme consta no boletim de ocorrência. Pelo crime, Wanderson deve responder por latrocínio e pode pegar de 20 a 30 anos.

* Com informações do jornal Correio Braziliense.

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