Emedebistas de direita apoiaram Ronaldo Caiado (DEM) para governador acreditando que, depois de 20 anos longe do Palácio das Esmeraldas, finalmente chegariam ao poder. Na semana passada, dois emedebistas, ainda que não de proa, lamentavam: “Pior do que perder é ganhar e não levar”.
Entre 1999 e 2018, os emedebistas foram alijados do poder por sucessivos governos do PSDB, às vezes em aliança com o PP. Perderam cinco eleições consecutivas — quatro delas para o tucano Marconi Perillo e uma para Alcides “Cidinho” Rodrigues. Na iminência de uma sexta derrota, um grupo decidiu não apoiar Daniel Vilela para governador e ficar com o favorito nas pesquisas, Ronaldo Caiado, que foi eleito no primeiro turno.
Ronaldo Caiado assumiu o governo e trouxe uma legião estrangeira para os principais cargos do Estado. “São pessoas que não têm compromisso com Goiás e com os políticos do Estado, porque sabem que, depois de quatro anos, irão embora e não terão de conviver com aqueles que ‘ignoraram’ olimpicamente”, assinala um emedebista.
Não há no secretariado, na presidência de agência e na Saneago nenhum emedebista. Leia de novo: nenhum emedebista. Ernesto Roller era do MDB e, antes de ser expulso, desfiliou-se. Na verdade, foi indicado por ser primo de Ronaldo Caiado e porque estava desgastado na Prefeitura de Formosa. Adib Elias tentou emplacar um pupilo na Goinfra (ex-Agetop — mudar o nome é o mesmo que mudar o sofá de lugar), mas recebeu um sonoro “não”. Se quisesse, o cargo seria para ele, mas não para indicados.
Emedebistas estão ganhando cargos no segundo escalão que não têm a mínima importância. São cargos de consolação. Fala-se que, em 2020, Ronaldo Caiado fará uma reforma administrativa, e alguns dos estrangeiros, os que não estiverem funcionando, serão trocados por “nativos”. Aí, quem sabe, emedebistas poderão conseguir ao menos um cargo de secretário de Estado. (Jornal Opção Online
Adib Elias, prefeito de Catalão: fora do poder há mais de 20 anos, ganhou mas não levou em 2018
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