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Juiz mantém prisão do suspeito de assaltar e matar japonesa em cachoeira da Casa Dom Inácio de Loyola: ‘Motivos desprezíveis’

de Antônio Paulino
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O jovem que confessou ter assaltado e matado a japonesa Hitomi Akamatsu, de 43 anos, em uma cachoeira da Casa Dom Inácio de Loyola teve a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (18) em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal. Em sua decisão, o juiz Fernando Chacha afirma que o crime teria sido cometido “por motivos insignificantes e desprezíveis”.

O corpo de Hitomi foi localizado na segunda-feira (16), escondido entre pedras e terra, a cerca de dez metros de uma cachoeira que fica na propriedade. A vítima fazia tratamento espiritual há dois anos na entidade fundada por João de Deus.

Rafael Lima da Costa, de 18 anos, foi preso e, segundo a Polícia Civil, confessou ter assaltado e matado a estrangeira.

O G1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização dessa reportagem.

Em sua decisão, o juiz Fernando Chacha defendeu que a prisão preventiva era necessária para garantir a ordem pública devido à periculosidade do suspeito, indicada pela “gravidade concreta dos fatos, sendo a vítima violentamente agredida, com resquícios de crueldade, sem chance de defesa”.

Depoimento

Em seu depoimento à polícia, Rafael contou em detalhes como o crime aconteceu. Ele disse que estava em casa quando oito homens chegaram cobrando uma dívida de droga que tinha com eles no valor de aproximadamente R$ 670.

Diante da cobrança, ele decidiu roubar para conseguir o dinheiro. Ainda em depoimento, o suspeito informou que viu a vítima tomando banho na cachoeira e que os pertences dela estavam próximos. Ele, então, revistou os itens, mas não encontrou nada de valor.

Porém, ao suspeitar que a vítima pudesse denunciá-lo, decidiu matá-la enforcada usando uma camiseta. O jovem disse ainda que, após ela deixar de respirar e se mexer, esperou por mais cinco minutos para confirmar que ela tinha morrido e jogou o corpo em uma vala de enxurrada, cobrindo com pedras.

Em seguida, após deixar o local, achou uma garrafa com gasolina e decidiu colocar fogo nos pertences da vítima.

Delegado responsável pelo caso, Albert Peixoto Salvador disse que não há indícios de que haja qualquer envolvimento de João de Deus ou de algum membro da instituição com o crime.

Identificação e liberação do corpo

A identificação do corpo foi concluída na terça-feira (17), por meio das impressões digitais. Porém, ainda não foi retirado do local.

A Polícia Técnico-Científica informou que a Embaixada já solicitou uma procuração junto à família da vítima para poder dar andamento ao processo.

Em nota, a Embaixada do Japão no Brasil informou que acompanha o caso e está “colhendo informações”, cooperando com a polícia e atuando para ajudar na “comunicação com as pessoas relacionadas à vítima”. O consulado, porém, não informou quem seriam essas pessoas.

(Com informações do Jornal Opção Online)

Câmera mostra suspeito de matar japonesa saindo do local do crime — Foto: Reprodução
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