Após quase 14 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Ipameri, condenou nesta terça-feira (25/03) um homem a 26 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado consumado contra a própria filha e tentativa de homicídio qualificado contra o genro.
Julgamento durou o dia todo
A sessão teve início às 9h da manhã e se estendeu até por volta das 23h, marcando um dos julgamentos mais longos e impactantes da comarca nos últimos anos. O processo foi presidido pelo juiz Ivan Santana Ferreira.

O crime
O crime ocorreu em outubro de 2023, na zona rural de Ipameri. Segundo a investigação, o réu foi até a casa da filha, atirou contra a porta da residência, ferindo o genro, e em seguida matou a jovem Bruna Bernardes da Silva, de 23 anos. A motivação do crime não foi detalhada pelas autoridades, mas os autos indicam desentendimentos familiares prévios.
O autor fugiu logo após o crime, mas foi preso no dia seguinte, durante uma operação da Polícia Militar. Na ocasião, foram apreendidos a espingarda calibre 12 usada no crime, munições e o veículo utilizado na fuga.
Atuação do Ministério Público e da defesa
A acusação foi conduzida pelos promotores de Justiça Márcia Gomes Bueno e Kleber Gomes Vecchione, que apresentaram as provas e sustentaram a responsabilidade do réu, incluindo a premeditação, crueldade e risco à vida de terceiros.
A defesa, representada pelo escritório do advogado João Linhares, tentou argumentar contra a qualificação dos crimes, mas os jurados acolheram integralmente a tese do Ministério Público, resultando na condenação do réu pelos dois crimes.

Condenação e prisão mantida
O réu foi condenado pelos crimes de:
- Homicídio qualificado (consumado) – por matar a própria filha
- Tentativa de homicídio qualificado – contra o genro
A pena foi fixada em 26 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado, e a prisão preventiva foi mantida. O condenado não poderá recorrer em liberdade.
Um crime que chocou a cidade
A tragédia causou comoção em Ipameri e região. Bruna Bernardes da Silva, de apenas 23 anos, foi morta de forma brutal pelo próprio pai. A sentença representa, segundo o Ministério Público, um passo importante na luta contra a violência doméstica e familiar, mesmo nos casos mais extremos.
O caso segue como exemplo do trabalho rigoroso das instituições de segurança e justiça no combate à impunidade.