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‘Ele achava que estava no sítio dele quando foi baleado’, diz advogada da família do ‘hipster da Federal’

de Antônio Paulino
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O agente da Polícia Federal Lucas Soares Dantas Valença, mais conhecido como o “hipster da Federal“, de 36 anos, estava perambulando pelas redondezas de Buritinópolis, no interior de Goiás, quando teve um surto psicótico, tentou invadir a chácara de um vizinho achando que era a dele próprio e foi morto com um tiro pelo dono da casa. Esta foi a versão apresentada pela advogada da família de Valença, Sindd Lopes, para explicar o incidente ocorrido na madrugada desta quarta-feira.

Segundo ela, Valença estaria sofrendo de uma depressão profunda e fazendo tratamento com um terapeuta desde o início da pandemia de Covid-19. A suspeita é de que ele sofria de bipolaridade, mas não o diagnóstico ainda não saiu. O surto — “o primeiro que ele teve”, disse a advogada — teria acontecido quando ele decidiu fazer uma caminhada noturna pela região, sozinho, desarmado e sem celular, cujo sinal não pega direito na área rural. E não encontrou mais o caminho de volta para a chácara.

“A família foi totalmente pega de surpresa. Não entendemos que houve um assassinato e, sim, legítima defesa. Mas ele não arrombou a casa. Ele achava que aquele era o rancho dele. Por isso, tentou entrar na residência. Estava perdido e em surto”, contou a advogada, que passou a ajudar os familiares devido à repercussão do incidente.

Segundo Sindd, Lucas conhecia o vizinho que o matou e não tinha nenhuma inimizade com ele. A família tem um terreno na região desde que o agente era pequeno. Era, inclusive, um dos seus lugares favoritos, onde cultivava — e colecionava — plantas bonsai. Valença também utilizava o “rancho”, como os parentes chamam a residência, para abrigar cães abandonados que ele achava na rua e depois encaminhava à adoção.

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