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Com 1 200 processos nas costas e dívida de mais de 3 bilhões de reais com os cofres públicos, o empresário Luiz Estevão reclama de dormir em um galpão com outros 48 presos na penitenciária de Tremembé (SP). Mas ainda é chamado de “doutor”

de Antônio Paulino
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O dia ainda nem clareou e um galo desperta todo mundo com um canto histérico. Quando o relógio marca 6 da manhã, uma fila indiana com dezenas de homens já está formada na porta do banheiro. É nesse horário que o detento Luiz Estevão de Oliveira Neto, matrícula 906 675-4, costuma deixar seu leito, na parte superior de um beliche de ferro situado nos fundos do galpão 3.

Todos os dias ele precisa descer com cuidado, pois, geralmente, outro preso dorme no chão. Com creme dental e uma escova de dentes nas mãos, segue para a espera do banheiro. Após a rápida higiene matinal, outra fila. Dessa vez para pegar um pingado com pão sem manteiga, servido pelos próprios condenados. Assim, sem nenhum traço de luxo ou privilégio, começa a atual rotina de um dos homens mais ricos do país na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, conhecida como Tremembé 2, a 160 quilômetros de São Paulo.

Estima-se que sua fortuna some 33 bilhões de reais. Lá, o empresário cumpre pena de três anos e seis meses há quase trinta dias, efeito de uma fraude contábil que, na década de 90, escondeu da Justiça um golpe de 1 bilhão de reais na obra do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Ao passar seis horas com Estevão dentro da prisão, VEJA BRASÍLIA constatou que o poderoso personagem da corte brasiliense está abatido, mas não perdeu a empáfia nem a convicção de sua inocência. (Com informações da revista Luiz EstevãoVeja Online)

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