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Antes de se matar, reitor deixou carta sobre vexame a que foi submetido

de Antônio Paulino
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Encontrado morto nesta segunda-feira 2 no Beiramar Shopping, em Florianópolis, o reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, denunciou na semana passada o que chamou de “humilhação e vexame” a que foi submetido.

Ele foi preso pela Polícia Federal no dia 14 de setembro, junto com mais seis suspeitos, sendo liberado no dia seguinte, mas ainda proibido de entrar na universidade. Em um artigo publicado há quatro dias no jornal O Globo, ele nega com veemência ter obstruído a Justiça, conforme apontava a acusação contra ele.

Veja um trecho da carta deixada pelo Reitor
“A humilhação e o vexame a que fomos submetidos — eu e outros colegas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) — há uma semana não tem precedentes na história da instituição. No mesmo período em que fomos presos, levados ao complexo penitenciário, despidos de nossas vestes e encarcerados, paradoxalmente a universidade que comando desde maio de 2016 foi reconhecida como a sexta melhor instituição federal de ensino superior brasileira; avaliada com vários cursos de excelência em pós-graduação pela Capes e homenageada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Nos últimos dias tivemos nossas vidas devassadas e nossa honra associada a uma “quadrilha”, acusada de desviar R$ 80 milhões. E impedidos, mesmo após libertados, de entrar na universidade.

Quando assumimos, em maio de 2016, para mandato de quatro anos, uma de nossas mensagens mais marcantes sempre foi a da harmonia, do diálogo, do reconhecimento das diferenças. Dizíamos a quem quisesse ouvir que, “na UFSC, tem diversidade!”. A primeira reação, portanto, ao ser conduzido de minha casa para a Polícia Federal, acusado de obstrução de uma investigação, foi de surpresa”Reitor da UFSC.

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