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HUGO faz primeira biópsia por congelamento em captação de órgãos para transplantes

de Antônio Paulino
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A primeira captação de órgãos do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdomiro Cruz (HUGO) foi marcada pela realização de um procedimento inédito no SUS de Goiás. Uma cirurgia de retirada de fígado, rins e córneas foi feita simultaneamente a uma biópsia por congelamento para avaliar a viabilidade do fígado para doação. O exame é utilizado para descartar a existência de nódulos malignos no órgão.

A gerente da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Katiuscia Freitas, destaca a importância da conduta para o êxito na operação. “O procedimento foi de suma importância, porque, caso não houvesse a biópsia, nós não teríamos realizado a captação, já que diante da malignidade, os órgãos não poderiam ser captados”, afirma.

Cada órgão coletado tem um tempo máximo de resistência à falta de circulação e oxigenação do sangue. O fígado consegue resistir de seis a oito horas e os rins podem esperar até 36 horas para a implantação no receptor. Já as córneas têm um prazo maior, de 14 dias. “Nesse caso, felizmente, todos os órgãos já foram implantados. Cinco pacientes foram beneficiados”, assegura.

A diretora médica do HUGO, Fabiana Rolla, ressalta que a unidade tem investido em práticas de ponta e protocolos rigorosos para garantir que cada etapa do processo de doação de órgãos seja conduzida com a máxima segurança e eficácia. “Isso inclui desde a identificação e manejo de potenciais doadores e o apoio e acolhimento à família do doador até a coordenação e suporte às equipes envolvidas nas captações”, pontua.

Contando com um time multiprofissional local e nacional, a cirurgia envolveu a equipe da Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, que foi a responsável pela captação dos rins, a equipe da Fundação Banco de Olhos de Goiás (FUBOG), que coletou as córneas, e a equipe de um hospital particular de Brasília, que retirou o fígado.

O HUGO possui 387 leitos para internação e um centro cirúrgico com 10 salas. Sob a gestão do Einstein, o hospital continuará realizando atendimento de serviços ambulatoriais e hospitalares 100% regulados para pacientes do SUS.

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