A recomposição de orçamento, autonomia e melhoria nas condições de funcionamento são pontos comuns de diferentes universidades públicas federais. A situação é considerada mais crítica em instituições públicas criadas pela União mais recentemente, por exemplo, as chamadas supernovas, que são seis universidades federais que foram instituídas entre 2018 e 2019.
Em Goiás, há duas supernovas, as universidades federais de Jataí (UFJ) e de Catalão (UFCat). As duas instituições foram desmembradas da Universidade Federal de Goiás (UFG). Anteriormente eram duas regionais.
O governo federal promoveu a época corte de orçamento da UFG repassando proporcionalmente a UFJ e UFCat o que já recebiam enquanto regionais de ensino. Para a reitora Pro Tempore da UFCAT, Roselma Lucchese, as supernovas, são na verdade, as “superpobres” e que há uma necessidade de aumentar o orçamento, entre outras questões, para melhorar a qualidade de ensino.
“O que se criou no Brasil é uma subcategoria de universidades e nós estamos a quase cinco anos lutando pela isonomia de tratamento, qual a condição das supernovas, viramos as superpobres, pois não tivemos um recursos a mais do que nos era cabido do recurso da UFG”, explicou.
Roselma Lucchese relatou que emendas parlamentares foram fundamentais para ajudar na administração acadêmica na UFCat. Ela argumentou que os cortes promovidos pelo governo federal, na gestão anterior trouxeram consequências maiores para as chamadas supernovas.
“As supernovas foram criadas numa lógica tão perversas. No governo Lula e Dilma foram criadas 18 universidades e nelas haviam um pacote básico para contratação de professores e técnicos, suficiente para pensar na expansão, e um pacote para financiamento para implantação. As supernovas foram criadas com desmembramento de pessoal e orçamento, a UFG foi desmembrada, não existiu um planejamento, nosso recurso foi retirado dela”, destacou.