A prisão do ex-ministro #Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) tem dado o que falar. Isso porque, nesta quinta-feira (15), os advogados do ex-ministro entraram com o pedido de soltura alegando que o cliente estaria correndo riscos de ser “estuprado” na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, local onde se encontra desde a semana passada. A defesa pede que Geddel deixe a penitenciária e cumpra a pena em prisão domiciliar, que no caso seria em seu luxuoso apartamento em Salvador, capital da #Bahia.
O requerimento não teve muito sucesso e foi negado pela juíza Leila Cury, que faz parte da Vara de Execuções do Distrito Federal.
A juíza tomou a decisão pautada na afirmativa que a defesa de Geddel teria feito o requerimento utilizando-se de informações “especulativas” e “inverídicas” na petição.
Os advogados utilizaram a publicação do site “A Folha Brasil”, conhecido por ser sensacionalista, que afirmava que no dia em que o ex-ministro foi preso, familiares dos detentos teriam divulgado supostos áudios vindo do Complexo Penitenciário da Papuda, onde os presos estariam ameaçando estuprar o ex-ministro. Ainda segundo a reportagem usada pelos advogados de Geddel, líderes de facções criminosas teriam mandado o recado para todos os presos por corrupção que seriam obrigados a prestar serviços sexuais aos internos.
No texto, um trecho afirma que um ex-deputado já estaria prestando serviços sexuais para um traficante e que seus familiares estariam pedindo interferência da Justiça para que possa conceder liberdade ao mesmo, que se sente humilhado e violentado.
Os advogados também afirmaram que, pelas redes sociais, a família do ex-ministro estaria recebendo graves ameaças e que imagens da audiência de custódia teriam sido reproduzidas na imprensa, fato que, segundo os advogados, coloca Geddel e seus familiares em situação anda mais perigosa. A defesa foi dura ao afirmar que caso a Justiça não conceda o requerimento pedido, qualquer ato sofrido por Geddel dentro da penitenciária será de responsabilidade direta de todos os que se omitiram.