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Mulher de vendedor que levou 36 facadas em assalto e sobreviveu está revoltada com violência: ‘Covardia’

de Antônio Paulino
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suspeitosA família do vendedor de roupas que foi esfaqueado durante um assalto na GO-060, em Goiânia, está revoltada com a violência dos criminosos. Eles deram 36 facadas no homem e o abandonaram em um aterro sanitário. Porém, ele foi resgatado e sobreviveu.
“Foi Deus, um milagre. Só pode ser porque não tem como a pessoa levar 36 facadas e sobreviver. Achei que ele não ia ver o filho dele nascer, que meus filhos iam ficar sem pai. É muita maldade. Não sei para que fizeram isso com ele, é uma covardia”, disse à TV Anhanguera a mulher do vendedor, que está grávida.
O vendedor está internado no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira. Segundo a unidade de saúde, o paciente tem quadro regular, está consciente e respirando espontaneamente.

Crime
O crime aconteceu na madrugada do dia 11 de agosto. O delegado responsável pelo caso, Valdemir Pereira, contou que Daniel Ribeiro da Cruz, de 19 anos, e André Brasil Ribeiro, 18, tiveram a ajuda de um adolescente, um jovem e outras duas menores para cometer o crime.
“Os dois contaram que as meninas fingiram ser garotas de programa e ficaram na rodovia. A vítima, no entanto, disse que achou que as duas estavam pedindo carona e parou. Quando ele desceu, os outros quatro saíram do mato e deram as facadas”, contou.

Os criminosos fugiram com o carro da vítima, R$ 1,8 mil, celular e 500 peças de roupa. Porém, eles voltaram ao local para certificar que o vendedor havia morrido..
“Cerca de 30 minutos depois, eles acabaram voltando e dando mais facadas na vítima, para confirmar que ela estava morta. Ao todo, foram 36 golpes, quase metade só na área da cabeça. Mas a vítima não morreu”, disse o delegado.
Confissão
Em depoimento, Daniel contou ao delegado que estava dormindo quando o grupo chegou em sua casa chamando para cometer o crime. “Eu lembrei que estava pilhado para pagar meu aluguel, água, energia, essas coisas, e fui. Cada um ser armou de uma faca e foi. A gente enquadrou ele para levar o carro, o carro, o que ele tivesse, mas ele correu para o rumo do carro com a mão da cintura e deu a entender que ele estava armado”, disse o jovem ao delegado.
André confessou que esfaqueou o vendedor. Ele ainda disse que tinha uma desavença com o homem.
“Me chamaram para ir pegar um carro, aí fomos lá em casa pegar umas facas, mas eu já sabia que ia topar a vítima, que era o local que ele passava para voltar para casa. Aí vi o carro do cara vindo e falei para eles pararem ele”, contou.

Diferentemente do que haviam alegado em depoimento, os dois jovens falaram durante a apresentação feita pela Polícia Civil nesta segunda-feira (28) que não tinham intenção de roubar a vítima. Segundo eles, a intenção era matar o vendedor.
“Eu já tinha discutido com ele em uma festa, pisei no pé dele, pedi desculpas e ele não aceitou, puxou uma arma e me ameaçou. Aí, para me defender, armei para matar ele. Analisei a rotina dele duas semanas, vi onde morava, onde passava, para conseguir pegar ele”, disse André.
Entretanto, o delegado não acredita nessa versão. “Trabalhamos com a tentativa de latrocínio, tanto que o carro da vítima, dinheiro, celular, tudo foi roubado. No depoimento mesmo eles falaram que foram para roubar”, explicou o delegado.
Uma das adolescentes foi apreendida na sexta-feira (25) por roubar passageiros em um terminal de ônibus. Os outros suspeitos já foram identificados, mas ainda não foram presos.

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