Em entrevista às Páginas Vermelhas da revista IstoÉ, uma das publicações mais influentes do País, o governador Marconi Perillo afirma que o PSDB precisa rediscutir profundamente e em conjunto com todos os seus filiados a direção do programa do partido e que errou ao deixar de lado, por certo tempo, a defesa do legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A revista afirma que Marconi “é uma das mais influentes lideranças do PSDB” e que o governador de Goiás defendeu a permanência dos tucanos na base de apoio do presidente Michel Temer em nome da agenda de reformas.
“O PSDB foi o principal protagonista da condução do impeachment do governo do PT e, consequentemente, da ascensão do presidente Temer ao poder. Por esta razão, tem sido injustamente acusado de golpista pelos petistas. É claro que o PSDB tomou esta decisão em função do desastre da gestão petista, que afundou o País na mais grave crise econômica, social, ética, moral e política de nossa história”, afirma Marconi na entrevista, publicada na edição desta semana. “A contrapartida requerida pelo PSDB foi a agenda de reformas, parte delas já aprovada, e a retomada do desenvolvimento econômico do País”, afirma o governador.
Marconi pondera que “o governo Temer é de transição, estabelecido e apoiado por todas as forças políticas que desejam a superação da crise econômica e as reformas sem as quais o País não vai conseguir fazer a travessia que precisa até as eleições presidenciais de 2018”. Segundo ele, “o PSDB continua apoiando as reformas modernizantes e a agenda econômica com foco na retomada do crescimento”. “A agenda de reformas é uma agenda histórica do PSDB, que começou no governo Fernando Henrique Cardoso e foi abandonada por seu sucessor”, afirma Marconi.