Eu deveria começar esta carta aberta te perguntando se está tudo bem com você, mas não vou porque eu sei que não está. Perder uma das mãos com um rojão não tem nada de bom e nem deixa alguém bem, não é?
Eu tenho visto pelas redes sociais que os esquerdistas estão tentando transformá-lo numa espécie de “herói” daquilo que vocês chamaram de “manifestação”, mas que infelizmente não passou de um ato terrorista. Não acredite neles. Você não é um herói. A única forma de encarar você é como um coitado que se transformou numa vítima da própria ignorância. De gente como você, infelizmente não consigo ter pena. Dos seus pais sim.
Também já fui jovem como você. A diferença entre nós dois é que eu nunca lutei por bandidos e nem servi como instrumento de oportunistas e falsos idealistas. Sempre lutei pelo meu país e não para tirar um governante, com o objetivo de livrar a cara de quadrilheiros. Sempre lutei do lado certo da força, se é que você me entende.
Mas como eu ia dizendo, você não é um herói, porque heróis não investem contra a polícia. Sabe aquele policial no qual você mirou o seu rojão? Aquele policial é um brasileiro, trabalhador, pai de família, tem três filhos e estava ali no cumprimento do dever, pois essa é a função dele. Ele é um militar e obrigado a cumprir ordens. É possível dizer que pessoalmente ele não tinha nada contra você e apenas estava no lado oposto por dever da função. E você tentou matá-lo, da mesma forma como mataram um cinegrafista no Rio de Janeiro.
Ele é aquele cara que quando não está escalado para conter distúrbios, está arriscando a vida para tentar tirar de circulação os traficantes que fornecem a maconha que você fuma. É aquele que luta diariamente para manter as ruas limpas de bandidos que atentam contra a vida e contra o patrimônio alheio, tal qual você e seus comparsas fizeram ao depredar ministérios. Repito, e você tentou matá-lo, da mesma forma como mataram um cinegrafista no Rio de Janeiro.
Quando o fato ocorreu, a mídia vermelha se arvorou em dizer que “um ESTUDANTE havia perdido a mão durante a manifestação’. Foi então que li que o tal estudante é aluno de física de uma universidade Federal no Sul.
Mas espera… Se você é aluno no sul, o que estava fazendo em Brasília em pleno ano letivo? Não querido, se você já não era herói, agora você não pode ser chamado de estudante também. Se fosse, estaria dentro de uma sala de aula, e não a mais de mil quilômetros da universidade, colocando fogo em Ministérios e tentando matar um policial.
O máximo que podemos classificá-lo é como um vândalo que ocupa uma vaga numa universidade Federal, paga com os nossos impostos, inclusive com os impostos daquele policial que você tentou matar. E o pior, ainda tira o lugar de alguém que realmente quer e precisa estudar.
Vi a foto do seu rosto sorridente no hospital. Seus amigos da esquerda podem estar te venerando agora e você estupidamente se sentindo o máximo. Contudo, filho, será apenas uma questão de dias pra que você caia no esquecimento até dos teus comparsas. Teus 15 minutos de fama ficarão perdidos no tempo, tal aquele aquele dedo no gramado. E o que vai acontecer? A tua mão não voltará, os teus parceiros não vão te ajudar em nada e você ficará sequelado pelo resto da vida. Valeu a pena? Mais tarde verá que não, e que foi o maior ato de burrice da tua vida.
Já sabemos que você não é herói, não é estudante e agora se tornou incapaz de uma série de atividades e pequenas tarefas. O que te restou foi ser parcialmente inválido. E olha, amigo, será parcialmente somente se agora você tomar consciência de que atos de terrorismo defendendo quadrilhas não valem a pena. Se continuar com a mesma mentalidade, poderá se considerar completamente inválido, exatamente como era antes de perder a mão. Ah… não era inválido. Era inútil.
Você só vai entender o seu ato quando sentir o gosto do anonimato, a saudade da mão e a indiferença daqueles que te levaram para Brasília. Aí vai cair a ficha do quanto te custou acreditar nessa gente. Talvez essa tenha sido a pior forma de aprendizado.
Mas… como diriam, vão-se os anéis, ficam os dedos.
Ou melhor… não ficam. Que triste.
Marcelo Rates Quaranta