Em reportagem publicada como manchete principal da edição deste domingo, o jornal Folha de S.Paulo aponta uma série de contradições e inconsistências nos depoimentos de ex-executivos da Odebrecht, entre eles os que citam o governador Marconi Perillo. Na reportagem, assinada pela jornalista Thaís Bilenky, o diário paulistano afirma que “peças que foram acolhidas pelo ministro Edson Fachin apresentam guerras de versões” e que “as petições contra os governadores do PSDB Marconi Perillo e Geraldo Alckmin são exemplos disso”.
“A petição contra o goiano é embasada em quatro delatores que apresentaram três versões distintas”, diz a reportagem da Folha. “Um deles falou em caixa 2 sem apresentar documento para corroborar sua acusação”. A reportagem um ouviu um ministro do STF que disse, preservada a fonte, que “incongruências fragilizam acusações e que algumas delações terão de ser reanalisadas em órgãos judiciais colegiados”.
Na apuração relacionada a Marconi, a reportagem mostra que há três versões sobre os valores citados pelos ex-executivos da Odebrecht, absolutamente incongruentes. Os ex-executivos que tiveram suas citações homologadas em relação a Marconi são Fernando Ayres, Alexandre Barradas, João Pacífico e Ricardo Ferraz.
Além das divergências quanto aos valores, os próprios ex-executivos afirmam, em seus depoimentos, que o Governo de Goiás jamais concedeu vantagens em retribuições às supostas contribuições de campanha em caixa 2. O governador Marconi Perillo tem observado que todas as contrinbuições foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral e que as prestações de contas de todas as suas campanhas foram aprovadas.