É uma cena que se repete a cada eleição, infelizmente. Muitos políticos e candidatos acabam utilizando o método dos santinhos e folhetos para tentar alcançar eleitores de última hora. Contudo, essa prática não apenas prejudica o meio ambiente, mas também impacta a limpeza urbana e sobrecarrega o trabalho das equipes de coleta de lixo. Em algumas cidades, existe legislação que prevê multa para quem faz esse tipo de propaganda, mas nem sempre é aplicada ou fiscalizada de forma rigorosa.
Além de ser uma questão ambiental, é também um reflexo de como alguns candidatos lidam com o espaço público, o que pode ser interpretado pelos eleitores como uma falta de cuidado com a cidade. Existem campanhas e ações voluntárias de cidadãos que limpam as ruas no pós-eleição, mas seria mais eficaz se os próprios candidatos assumissem essa responsabilidade e buscassem maneiras menos impactantes de divulgar suas propostas.
Uma boa sugestão, que alguns candidatos a vereador de Catalão já adotaram na eleição deste ano, caso de Jair Humberto e Gilberto Barbosa, é substituir os conhecidos “santinhos” por cartões de visita, que fazem o mesmo efeito, com a vantagem de não ficar espalhados pelas ruas sujando a cidade. O cartão de visita fica mais caro que os santinhos, mas é um tipo de propaganda para ser entregue na mão do eleitor, não para ser jogado nas ruas e ou para entupir caixinhas de correio nas casas.
Por lei é proibido jogar santinhos nas ruas em véspera de eleição, o problema é que os políticos não observam as leis e a Justiça Eleitoral não tem como fiscalizar a cidade inteira. Um dia, quem sabe, essa prática muda e a cidade fique limpa apesar da eleição.
