Em meio à polêmica instaurada pelo pré-julgamento da oposição a respeito do projeto de concessão pública da Superintendência Municipal de Água e Esgoto de Catalão (SAE), o superintendente e secretário de Governo, César José Ferreira, se dispôs a participar de uma entrevista na Rádio Cultura, realizada na manhã dessa quinta-feira (18).
A entrevista teve como objetivo esclarecer à população a real intenção do projeto: aperfeiçoar os serviços de água e esgoto, considerando a demanda atual da cidade, através de altos investimentos, que vão além da capacidade financeira e tecnológica da Prefeitura. “Optamos por recorrer à concessão pública pelo bem do município. Em momento algum estamos falando em vender a SAE. Trata-se de concessão e não privatização. O que a oposição quer é confundir e influenciar, de maneira muito errada, os catalanos. Quem for pesquisar sobre concessão pública, vai ver o quanto é importante para o progresso de uma região”, explica o superintendente.
Em relação aos motivos que levaram a administração municipal a elaborar o projeto, César alegou que, além da condição financeira desfavorável – comum a toda e qualquer cidade do país – a atual gestão está arcando com impactos negativos resultantes da falta de proatividade da administração anterior. “Desde que o sistema de água e esgoto deixou de ser responsabilidade da Saneago, e passou a ser do município, nada foi investido. Agora, além de atender a demanda que cresceu demasiadamente, é preciso realizar o serviço que deveria ter sido feito há 10 anos”. E complementou: “todo gestor que se preocupa com o bem-estar coletivo, precisa saber reconhecer os seus limites, e acima de tudo ter habilidade para tomar decisões com coragem e bom senso”.
O caso de Limeira/SP – Pioneira na concessão pública de saneamento
Há 20 anos, Limeira/SP foi a primeira cidade do país a conceder os serviços de água e esgoto à iniciativa privada. O pioneirismo projetou a cidade em lugar de destaque nacional quando o assunto é saneamento básico, reunindo prêmios e certificações nesse segmento. Atualmente, toda a população da área urbana tem acesso a água de qualidade e esgoto coletado e tratado, realidade ainda pouco comum no Brasil. A cidade saltou de 2% para 100% de esgoto tratado, contando com mais de 1 mil quilômetros de redes de esgoto.