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Expulso da igreja católica pelo Papa Francisco, ex-padre pede na Justiça para continuar recebendo as côngruas enquanto o caso tramita

de Antônio Paulino
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Alcimir Pillotto foi o padre da Diocese de Blumenau (SC) expulso da igreja católica pelo Papa Francisco em 2022 por supostamente manter um relacionamento amoroso com a secretária e violar o segredo de confissão dos fiéis. O padre excomungado agora recorre à Justiça brasileira para reverter a decisão. O caso está no Supremo Tribunal Federal (STF), que tem até o próximo dia 13 para apreciar um recurso apresentado pela defesa.

A defesa do ex-padre alega que os rumores de relacionamento amoroso foram motivados por brigas internas da igreja. Pillotto e sua secretária residiam juntos na casa paroquial há 20 anos, mas em quartos separados, enquanto a maioria dos padres tem secretários homens sem questionamentos de relacionamentos amorosos. A defesa alega ainda que o Tribunal Eclesiástico não deu direito a ampla defesa do religioso. 

Pillotto tem 71 anos e foi diagnosticado com um câncer em estágio avançado. Com a expulsão, ele ficou sem a côngruas (salário eclesiástico), o plano de saúde e a casa paroquial. Antes da excomunhão, ele realizava o tratamento contra o câncer em Curitiba, mas atualmente vive com o irmão na Comarca de Erechim, Rio Grande do Sul. 

Em entrevista à IstoÉ, o advogado Telêmaco Marrace, que representa o ex-padre, reforça que não pede para que a igreja do Vaticano se adeque à decisão do STF, mas apenas que seja garantido o direito de ampla defesa e que Pillotto receba as côngruas enquanto o caso tramita. 

Com informações do Jornal Opção Online

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