As 308 mulheres que continuam detidas desde aquele dia estão na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, que tem 1.028 vagas e 900 presas. Já os 617 homens foram levados para uma ala separada do Centro de Detenção Provisória II, que conta com 980 vagas e 1.485 presos – um excedente de 51% da capacidade. Um levantamento feito pela própria Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) mostra que apenas 71 deles, o que representa 7% do total, são moradores de Brasília. A maioria veio de São Paulo (177), Minas Gerais (141) e Paraná (93).
Na última semana, a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, pediu que os presos sejam transferidos aos seus estados de origem. Em ofício enviado ao desembargador José Cruz Macedo, presidente do Tribunal de Justiça do DF, a magistrada mencionou a superlotação do sistema carcerário e pediu que ele “envide esforços” junto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a fim de que seja providenciado o chamado “recambiamento definitivo”.