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MP pede para governadora de Roraima exonerar parentes

de Antônio Paulino
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A velha prática da política brasileira de lotear cargos públicos com parentes e conhecidos de governantes foi elevada a um nível extremo em Roraima. A governadora recém-empossada Suely Campos (PP) nomeou nada menos do que dezenove familiares e conhecidos para ocupar secretarias e postos de confiança no primeiro escalão de seu mandato. Suas duas filhas, Danielle Silva Ribeiro Campos Araújo e Emília Silva Ribeiro Campos dos Santos, se tornaram, respectivamente, secretária-chefe da Casa Civil e secretária do Trabalho e Bem-Estar Social. Cada uma irá receber subsídios de 23.175 reais.

Cinco sobrinhos, uma nora, uma irmã e até um tio-avô também integram a equipe da governadora. Eles ocupam cargos de chefia nas secretarias da Educação, da Saúde, Gestão Financeira e Administração, de Infraestrutura, da Justiça e Cidadania; o tio-avô, Jucelino Kubischek Pereira, é o novo diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Apesar da flagrante imoralidade, as nomeações são consideradas legais porque preenchem cargos políticos, conforme estipula a súmula vinculante número 13 editada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2008. No entanto, o Ministério Público de Roraima recomendou nesta quarta-feira que a governadora exonere quinze das dezenove pessoas nomeadas – quatro foram “perdoadas” pelo MP ao analisar o grau de parentesco indireto. “Todos esses familiares ocupantes de cargos em comissão ofendem os princípios da moralidade”, diz o promotor Luiz Antônio Araújo de Souza.Governadora de Roraima

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