Fonte: Portal G1/Goiás
O desaparecimento da garota Priscila Brenda Martins completa dois anos nesta quinta-feira (11). A adolescente, que tinha 14 anos na época, foi vista pela última vez ao entrar no carro do namorado, em Pires Belo, distrito de Catalão, no sudeste de Goiás. Mãe da estudante, a auxiliar de serviços gerais Luciene Pereira da Silva Martins não alimenta mais a possibilidade de encontrar a filha: “Não tenho mais esperança, acabou. É muita tristeza não saber o que houve com ela”, disse.
Luciene conta que o descontentamento com a falta de informações sobre o que ocorreu com Priscila atinge toda a família. “Ela era uma menina muito alegre, todos gostavam dela, família, amigos. Estava sempre sorrindo. Era muito estudiosa e sonhava em sem professora de educação física”, lembra.
O namorado de Priscila na época, o comerciante Paulo Vitor Azevedo, de 21 anos, está preso desde fevereiro deste ano a espera de julgamento. Amigo dele e também acusado do crime, Claudomiro Marinho Júnior, de 26 anos, também foi detido, mas foi solto no final de junho e responde o processo em liberdade. Ambos foram indiciados por homicídio e ocultação de cadáver.
Apesar de negarem o crime, a mãe de Priscila acredita que eles são culpados. “Queria que eles contassem o que fizeram com ela, para poder descansar. Por mim, quero que eles sejam condenados e mofem na cadeia. É o mínimo. Não tem justificativa para ficarem impunes”, lamenta.
Na casa onde a estudante morava com a família, a mãe ainda guarda várias fotos, roupas e sapatos da menina. “É uma forma de manter ela perto de mim”, diz. Além de Priscila, Luciene tem outros três filhos, todos mais novos.
Investigação
Apesar de o caso ter sido encaminhado ao Judiciário no início de março, assim que os suspeitos foram presos, a delegada que investigou o caso, Alessandra Maria de Castro, diz que, caso surja um fato novo relacionado ao crime, o inquérito poderá ser reaberto.
“Há uns quatro meses, recebemos uma denúncia de que uma ossada que poderia ser dela foi encontrada na zona rural da cidade. Fomos lá, recolhemos o material e encaminhamos para a análise, que não tem prazo para emitir o laudo. Acredito que não seja dela pelo tamanho dos ossos, mas fomos apurar”, diz.
O desaparecimento de Priscila Brenda ainda intriga os moradores de Pires Belo. Na reconstituição do crime, em dezembro do ano passado, testemunhas disseram ter visto a adolescente entrar no carro do namorado, um Volkswagen Gol prata, no dia 11 de dezembro de 2012. Na ocasião, ele teria brigado com a garota após tê-la flagrado conversando com um ex-namorado.
“Duas [testemunhas] viram perfeitamente a Priscila entrando no carro. Outros viram ela se aproximar e não a viram mais. Então, deduziram que a vítima entrou no Gol”, afirmou, na época, o perito Wellington Henrique Guimarães.