Elas estão em diversas áreas. Assim, como acontece em todo o mundo, na Eco050 – concessionária que administra 436,6 km de concessão da BR-050, entre Cristalina-GO e Delta-MG – as mulheres também têm conquistado cada vez mais espaço, graças a programas internos que garantem inclusão e diversidade na empresa. No Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), por exemplo, metade das vagas estão ocupadas por pessoas do gênero feminino.
No total, são 252 colaboradoras em cargos como médicas, enfermeiras, coordenadoras, arrecadadoras, agentes e muito mais no SAU. Elas, inclusive, têm ganhado espaço em áreas que normalmente costumam ser mais associados aos homens. É o caso da Daniela Dantonio, operadora de guincho leve.
Há pouco mais de um ano, a colaboradora de 41 anos realiza atendimentos e remoções de veículos leves na região de Minas Gerais, entre Uberaba e Delta. A profissional foi a primeira colaboradora da concessionária a atuar na área operacional de guinchos.
Com uma média de 5 a 8 remoções por dia, a rotina de Daniela é na rodovia, percorrendo o trecho para auxiliar quem precisa de ajuda devido a problemas mecânicos. Segundo ela, porém, alguns usuários ainda estranham quando se deparam com uma mulher operando um guincho.
“Uma vez, fui atender uma família, e todos esperavam por um homem. Quando cheguei, começaram a olhar, viram que eu era baixinha, perguntaram como eu dava conta do trabalho. Fui levando na brincadeira e mostrei que o serviço é possível, sim, de ser feito por mulheres”, diz.
Consciente do papel da mulher neste cenário, a operadora reconhece que provoca uma quebra de tabu no segmento e uma mudança de visão nas pessoas. “Se você tem um desejo, um trabalho que se sinta realizada, vá e lute por ele. Tente, pois se não tentar, você nunca vai saber se dará certo. Nós somos mulheres, não podemos permitir que ninguém diminua a gente. Temos capacidade para realizar o trabalho que os homens fazem”, conclui Daniela.
INSPEÇÃO DE TRÁFEGO
Outra colaboradora prestes a atuar em uma área normalmente associada aos homens é Maria Aparecida Pereira Mescla de Melo, de 38 anos. Ela está há 7 anos na Eco050, boa parte desse tempo trabalhando como arrecadadora de pedágio.
No último mês, Maria Melo recebeu – e aceitou – uma proposta para se tornar agente de inspeção, que percorre trechos das rodovia para apoiar na orientação do tráfego, em socorros mecânicos, sinalização e limpeza da pista, dentre outros.
Ela conta que, independentemente da função, ainda há muito desrespeito à mulher por parte de alguns usuários. “O mais difícil é tratar com o usuário sem educação, não gosto que me destratem. Mas tenho de contornar, numa altura correta”, diz.