A reportagem “Em proposta de delação, viúva de Adriano aponta quem mandou matar Marielle”, do repórter Daniel Pereira, da revista “Veja”, tenta esclarecer quem mandou matar a vereadora Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes, em 2018, há três anos.
Recentemente, Julia Mello Lotufo, a viúva do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, contratou o advogado goiano Demóstenes Torres, apontado pelos pares como um dos mais qualificados do país. No depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro, ela contou que a ordem para matar a vereadora Marielle Franco partiu do alto-comando da Gardênia Azul. “Um dos chefes da milícia de Gardênia Azul é o ex-vereador Cristiano Girão”, aponta a “Veja”. Mas a revista não crava que ele tenha sido o chefão que deu autorização para matar a política. Mas a viúva teria dado o nome do mandante tanto a amigos quanto ao MP.
A delação premiada só será acertada quando houver documentos que permitam uma investigação mais rigorosa que possa levar o mandante do crime à cadeia. Fica-se com a impressão de que a polícia e o Ministério Público do Rio já sabem quem mandou matar e suas motivações. O que faltam são provas robustas, documentadas, sobre ação do principal articulador dos assassinatos. Polícia e MP sabem que Julia Mello Lotufo não está mentindo, mas precisam de provas cabais.
Fonte: Jornal Opção Online