Antes do grande aparato policial que atualmente corre atrás de Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, um sargento da Polícia Militar da Bahia precisou caçar o criminoso, que à época tinha 20 anos. Walter Lourenço dos Santos, 59, empreendeu perseguição de nove dias com apenas 15 homens no meio da caatinga baiana. Para o PM, Lázaro vai tentar fazer reféns a fim de conseguir negociar uma possível rendição.
“A polícia não vai prendê-lo. Ainda acredito que, quando se sentir encurralado, ele vai pedir para se entregar sem lesões, que é o perfil dele. O Lázaro não quer morrer”, explica o militar.
Walter comandou as buscas depois que Lázaro assassinou José Carlos Benício de Oliveira, conhecido como Carlito, amigo dele, e Manoel Desidério da Silva, desafeto do matador, em 17 de novembro de 2008.
Antes de se entregar às autoridades, há 13 anos, Lázaro já demonstrava a mesma sagacidade de hoje. Ele invadiu casas – até tomou banho em uma delas – e roubou alimentos, água, roupas, uma arma e um carro. O criminoso se apresentou com a ajuda de um fazendeiro, Alberique Martins de Sousa, que o levou à delegacia de Barra do Mendes. Como o titular da unidade policial não se encontrava no local, o sargento Walter teve de conduzir Lázaro ao município de Irecê, para que a prisão fosse efetuada, em 25 de novembro.