Na sexta-feira, 23, ao participar do programa do apresentador de extrema-direita Sikêra Jr., da TV A Crítica, de Manaus, Jair Bolsonaro parecia não estar na cidade mais marcada pela tragédia da pandemia no Brasil. Além de protagonizar brincadeiras homofóbicas com um assistente da equipe do programa vestido com uma cabeça de burro – momento em que fez alusão ao ex-presidente Lula (PT), possível adversário nas eleições de 2022 –, o mandatário posou para uma foto com uma placa com os dizeres “CPF Cancelado” rodeado de ministros.
A expressão é usada frequentemente em contexto de maus policiais, milicianos e grupos de extermínio, quando um suspeito ou rival é executado.
Aumentando a gravidade do contexto, a foto de Bolsonaro com a placa, o apresentador e sua equipe – com os ministros da Educação, Milton Ribeiro, e do Turismo, Gilson Machado, sem máscara – foi publicada no perfil oficial do Palácio do Planalto na rede Flickr.
Parlamentares e representantes da sociedade civil fizeram algo que se tornou rotina no atual governo: criticar a afronta de Bolsonaro aos direitos humanos e à própria Constituição.