Ao final de uma entrevista numa emissora de rádio da cidade, no dia 30 de dezembro de 2020, quando ninguém mais imaginasse que algo de significativo seria levantado na pauta, o prefeito recrudesceu o assunto.
O começo dessa investida foi em novembro de 2019, quando no lançamento das instalações de reciclagem de rejeitos de construções de Catalão, Adib Elias trouxe à baila o tema sonegação de impostos por parte das mineradoras que despachavam o resultado de suas prospecções a maior do que os impostos que recolhiam, incluindo-se o CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral).
Prometeu e fez. Fechou a ferrovia, modal pela qual as mineradoras carreiam seus produtos para os portos de São Paulo e dali para fora do país.
Aliaram-se a ele os caminhoneiros que complementam o transporte da produção mineral e bloquearam trecho da rodovia municipal Sebastião de Pádua, que dá acesso à região dos terminais minerais.
Adib Elias forçou os executivos a sentarem-se à mesa de negociações para recuperar do foço os anos de sonegação da produção mineral e meterem as mãos nos bolsos e compensar Catalão do terrível legado ambiental que prometem deixar no município.
Deu resultado; porém, as manobras de inadimplência e sonegação não cessaram. Da mesma forma, o prefeito ainda não se deu por satisfeito e naquela entrevista do final de dezembro deixou claro que a chegada do ano de 2021 traria novos desdobramentos para quem achava que estava tudo certo. Ele quer mais – “Não dou certo com a mineração (sic); vou receber tudo”. ”A briga continua, o setor mineral torceu para eu não ganhar (as eleições)”; “Vocês vão ver atitude de prefeito para mostrar descontentamento com o setor mineral”, prometeu o prefeito.
As cifras que Adib Elias pretende e quais as circunstâncias fiscais e tributárias rodeadas, talvez ele revele no transcorrer dos primeiros dias de 2021. Certo é de que essa pendenga ainda não tem data para terminar.
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