
Nesta sexta-feira, 4, o Carrefour anunciou o fim da terceirização dos serviços de segurança nos supermercados do grupo. A decisão foi tomada levando em conta a sugestão do Comitê Externo e Independente criado pela empresa com objetivo de analisar medidas preventivas após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos que espancado até a morte por dois seguranças na filial do grupo em Porto Alegre.
Conforme comunicado do Carrefour, a internalização dos serviços segurança será realizada de forma gradual, começando pelos quatro hipermercados no Rio Grande Sul.
“O novo modelo é o ponto inicial para transformação do seu modelo de segurança e faz parte dos compromissos anunciados pela rede. O processo de recrutamento e o treinamento dos profissionais para as lojas contará com associação que reúne empreendedores negros da região de Porto Alegre. Todo o processo de internalização da segurança terá como foco a implementação de práticas antirracistas e de uma cultura de respeito aos direitos humanos, além de considerar a representatividade da população brasileira (50% de mulheres e 56% de negros) como um compromisso”, diz a nota.