A Academia Catalana de Letras observou que, a rede Globo de televisão acabou de reapresentar a obra de Ariano Suassuna, “O Auto da Compadecida” em três episódios especiais. A peça, uma das mais famosas do universo teatral brasileiro, é bastante antiga. Estreou no eixo Rio-São Paulo em 1957 e 1958. Pois, em Catalão, essa peça teatral foi apresentada no Cine Teatro Real em 14 de agosto de 1959.
O elenco catalano foi constituído por vários jovens atores (ver fotos abaixo), sob direção e coordenação de Aguinaldo Campos Netto e Marly Mendonça Netto. Hélio Mesquita interpretou João Grilo; Antonio Marciano era o Chicó; Geraldo Coelho Vaz , o padeiro; Natividade Duarte era a mulher do padeiro; Nazareno Ferreiro incorporava Jesus Cristo; Aldair da Silveira Aires era o bispo; José Mário Salviano, o padre; Edson Democh, o sacristão; Braz José Coelho, o cangaceiro e Jales Rabelo representou o capeta.
Por esta e outras, Catalão já foi reverenciada na vanguarda cultural e artística do país. Sua tradição é, acima de tudo cultural. Tanto que a bandeira e o brasão do município é um livro aberto.
No início do século passado muitos letrados catalanos se destacaram na poesia, no jornalismo e na literatura. Formaram a Arcadia Catalana. Em uma enquete publicada oficialmente, em 1910, Catalão ganhou o slogan de “Atenas de Goiás”. O autor da pesquisa, Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, não teve dúvidas em comparar a nossa cidade com a capital da Grécia, o símbolo da cultura mundial. (Texto:Luís Estevam. Fotos: Acervo de José Maurício Salles Paschoal
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