O Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol) declarou nesta quinta-feira (17/05) apoio à pré-candidatura ao governo do senador Ronaldo Caiado (Democratas), que se comprometeu a ouvir e valorizar a categoria. A reunião, coordenada pelo presidente Sinpol, Paulo Sérgio, e pela diretora social Keithe Amorim, teve a presença de 55 policiais civis de 10 municípios e foi acompanhada pelo senador Wilder Morais (Democratas) e pelo deputado federal Delegado Waldir.
“Nós viemos porque sabíamos que ouviríamos de Ronaldo Caiado que valorizaria os policiais civis. E foi o que ocorreu. Ele falou que vai nos ouvir e se esforçar para resolver os problemas que temos há muito tempo. Foi um encontro positivo. Goiás a partir de 2019 vai ser governado de forma bem mais séria e as forças de segurança pública serão valorizadas”, afirmou Paulo Sérgio ao fim do encontro.
Na reunião, o presidente do sindicato reconheceu que o próximo governador encontrará Goiás em uma situação crítica, mas que é preciso solucionar problemas que são urgentes e afetam toda a população. Ele citou como exemplo a má remuneração dos policiais civis, que muitas vezes se submetem a uma carga excessiva de trabalho para compensar os baixos salários. Hoje 162 cidades goianas não contam com delegados de polícia. E 104 não têm agentes ou escrivães. Goiás hoje é o 19º no ranking dos 26 estados e Distrito Federal com menos policiais. 55 a cada 100 mil habitantes.
Paulo Sérgio também falou da necessidade de reestruturar a carreira da polícia civil. “Hoje os policiais recebem menos de 10% que um delegado. É uma situação vexatória. É importante lembrar que um inquérito não funciona sem o agente, o escrivão. Hoje os policiais se sentem profissionais de terceira categoria diante dos delegados. Esperamos que se eleito o senador diminua a distância entre os salários da polícia civil e dos delegados”, afirmou.
O grupo trouxe ao senador uma lista de reivindicações com 11 pontos fundamentais para a polícia civil, como a reestruturação da carreira e a necessidade do aumento do efetivo. “Trouxemos algumas demandas que se arrastam há décadas e trazer apoio à pré-candidatura de Ronaldo Caiado, que é nosso sopro de esperança que temos. Hoje suportamos a falta de acúmulo de comarcas. Os delegados recebem por este acúmulo de 10 a 20% do salário, enquanto o agente e o escrivão que respondem por mais de uma comarca não recebem nada”, exemplificou.
Outra questão importante para a categoria é a necessidade de aumentar o efetivo. “Temos um demonstrativo de que nem todos os 246 municípios tem policiais. Muitos municípios não tem representação da polícia civil. A faltam ainda condições nas delegacias, que estão sucateadas”, destacou. Segundo levantamento do Sinpol, 42% dos municípios goianos não possuem agentes ou escrivães da policial civil.
Ronaldo Caiado se comprometeu a ter uma interlocução com a polícia de forma direta e transparente. “Não sabemos os esqueletos que vamos achar nos armários. Mas não é impossível tirar a polícia dessa situação caótica. Reafirmo com vocês o meu compromisso com a criação de um fundo de valorização dos policiais. Quero poder retribuí-los com reconhecimento do trabalho de vocês. Se fizermos isso Goiás passa a ter outro perfil. Podem ter certeza de que a nossa sintonia vai ser direta”, garantiu.
O Sinpol também declarou apoio à reeleição de Wilder Morais, que afirmou reconhecer o trabalho da polícia civil. “Tenho carinho especial pela polícia. Sabemos que será um grande desafio se assumirmos o Estado, pelo volume de dívidas. Mas sabemos que não tem como gerar riqueza se não dermos proteção às pessoas. E se não valorizarmos os segmentos, não teremos uma sociedade justa”, assegurou.