O deputado federal Jair Bolsonaro (PSD-RJ) foi condenado pela juíza Frana Elizabeth Mendes a pagar R$ 50 mil em indenização a comunidades quilombolas e à população negra por danos morais. Isso porque, durante discurso no Rio em abril deste ano, ele disse que visitou um quilombo e que “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada”.
“Eu acho que nem para procriador ele serve mais”, disse ele sobre o homem. “Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles. Se eu chegar (na Presidência), não vai ter dinheiro pra ONG. Esses vagabundos vão ter que trabalhar. Pode ter certeza que se eu chegar lá, no que depender de mim, todo mundo terá uma arma de fogo em casa, não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola”, prometeu ele.
Para a juíza, Bolsonaro extrapolou eventuais críticas às políticas para quilombolas e acabou resultando em “palavras ofensivas e desrespeitosas”. Ela pontuou ainda que o direito de liberdade de expressão tem limites “éticos, morais e sociais de respeito ao próximo e à coletividade”.